terça-feira, junho 13, 2006

 

Avaliação dos professores e outras falácias


O cartoon recebido por mail e que aqui reproduzo (desconheço a origem) é sintomático daquilo que a senhora Ministra da Educação pretende, seguindo a estratégia do Governo Português.
Se bem se recordam, quando quiseram retirar "regalias" (entre aspas propositadamente) aos juízes e funcionários do Ministério da Justiça, aquilo que não paravam de repetir para o grande público prendia-se com a questão das férias judiciais, de dois meses. A grande massa popular concordava com os senhor Primeiro Ministro, contra os juízes e funcionários que tentavam por todos os meios fazer chegar o verdadeiro alcance das medidas aos portugueses. Os enfermeiros, polícias, etc. a medida mais badalada foi a idade de reforma.
Aconteceu despois o mesmo com os funcionários públicos... e agora com os professores.
Pega-se nas medidas populistas, com as quais a grande massa popular vai com certeza concordar, porque para a generalidade os funcionários públicos, e os pofessores em particular, pertencem à classe dos privilegiados. Têm vários períodos de férias (os deputados também, assim como outros profissionais), passam o verão todo sem trabalhar (os deputados também, assim como os membros do Governo), recebem grandes ordenados (!? se recebem nunca os vi) e reformam-se cedo (?!).
Agora, a medida populista, através da qual se procura escamotear e encobrir o cerne da questão da proposta de novo ECD, prende-se com a possibilidade dos pais avaliarem os professores.
Alguém do ministério deverá explicar ao país como um pai que não assiste às aulas, que por motivos diversos nunca se desloca à escola (a grande maioria), alguns é verdade não imputáveis ao próprio, pode avaliar um profissional que conhece apenas por aquilo que ouve dizer do filho.
Para além do mais, calculando que um aluno tem em média 10 professores, se um encarregado de educação tiver dois educandos na escola, isso perfaz 20 professores a serem avaliados, baseado em critérios que só o ministério conhece.

As verdadeiras medidas, essas sim impopulares, estão quase que refundiadas, no segredo dos deuses, e se os sindicatos levantam essas questões são logo apelidados de forças de bloqueio que pretendem manter regalias de uma classe que tende a desaparecer, tal é os seu progressivo desprestígio.
Podia enunciar muitas, porém remeterei para a leitura parcial do parecer enviado ao Ministério da Educação.
Aconselho-vos a terem em atenção as funções do professor titular, bem como as condições necessárias para se poder entrar nessa categoria profissional. Chamo também a atenção para todos os parâmetros da avaliação dos professores; para as quotas estabelecidas pelo Ministério da Educação, conjuntamente com o Ministério das Finanças; para as condições necessárias para se poder frequentar acções de formação, mestrados, ect.

Tantas e tantas medidas que não chegam à comunicação social e, portanto, à grande massa pela boca dos responsáveis. Desses só se ouve falar das medidas populistas, com as quais sabem que passarão a ter o povo como aliado.

Uma das estratégias mais utilizada por este Governo é o de lançar as várias classes socio-profissionais umas contra as outras, as várias classes sociais uma contra as outras. Só espero que um dia reverta para o Governo, e que o povo se una para dizer BASTA! Não se esqueçam que só estamos a colher aquilo que há anos os sucessivos governos de Portugal têm estabelecido para o país. Curiosamente, eles nunca sofrem com isso.

Divulguem!

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